
“E nessa estrada, tão estranha, a vida vai seguindo seu rumo. Mas parece que eu fico pra trás, porque eu insisto em reviver algo que já foi. Minha teimosia não permite que eu continue. Eu quero aqueles dias de volta, quero passar o maior tempo possível ao teu lado, quero ouvir o “eu te amo” sussurrado no ouvido, enquanto tu me abraças por trás. Quero tudo o que nós já vivemos juntos, mas em dobro. Quero mais. Quero que todas as coisas ruins que vi e ouvi, fiquem lá no fim da fila e quero que as boas venham e me acompanhem.
Menino, te quero tanto. Não me esqueci daquele teu sorriso bobo, do abraço apertado que tu me deste quando eu disse que ia embora ou então das brincadeiras que fazíamos quando o tédio vinha nos visitar. Gostava tanto de conversar contigo nas madrugadas vazias, ria sozinha na frente do computador lendo as coisas que tu me dizias. Sempre ia dormir na expectativa de te ver no dia seguinte, acordava e me arrumava de um jeito que estivesse apresentável caso tu aparecesses.Admito que em algumas noites já chorei baixinho pedindo a Deus pra cuidar de ti, pra te proteger de todo o mal. Meu coração, até hoje, acelera quando ouço teu nome ou fico sabendo algo que tu fizeste. Lembro do nervoso que senti quando te vi pela primeira vez, minhas mãos tremiam de um jeito diferente, de um jeito bonito. Era amor. É amor. Já liguei no teu celular, só pra ouvir essa voz de sono e saber que estava tudo bem. E já morri de amor tantas vezes que até perdi a conta.Pena que nós não duramos tanto assim. Acho que amor, apenas, não era o suficiente. Tu precisavas de mais, eu precisava de mais. Foi forte, mas não o bastante.Sinto falta de ti, sinto falta de tudo o que não vivemos, sinto falta das palavras perdidas e dos dias desperdiçados. Sinto falta da sensação gostosa de amar pela primeira vez, das borboletinhas no estômago, das noites sem dormir pensando em ti. Sinto falta até da dor do amor não correspondido.Dizem que o que é verdadeiro, um dia volta. Portanto eu sento, espero e desejo do fundo do meu coração que tudo o que nós passamos seja verdadeiro o bastante pra poder retornar, tão intenso quanto já foi um dia.”
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